Muita gente que cria peixes ornamentais se pergunta se é possível colocar espécies de peixes mais comuns, como tilápia ou curimatã, no mesmo aquário. Neste artigo, vamos explicar se esse tipo de convivência é possível, quais os riscos e para quem essa prática é recomendada.
O que diferencia peixes ornamentais dos comuns?
Criar peixes ornamentais com fins estéticos, geralmente são aquários decorativos, com controle de iluminação, plantas, substratos e outros elementos. Já os peixes comuns, como tilápias ou curimatãs, são mais populares em viveiros de criação para consumo ou tanques rústicos, com menos preocupação estética.
Além disso, as diferenças comportamentais, de alimentação e até de crescimento tornam a convivência delicada – e, em muitos casos, nada recomendada.
Tilápia pode dividir aquário com peixes ornamentais?
A resposta curta é: não é indicado. A tilápia, apesar de resistente e fácil de cuidar, cresce muito rápido, se alimenta em excesso e pode se tornar agressiva com peixes menores ou mais frágeis. Em um aquário comunitário com espécies ornamentais, como guppies, tetras ou platis, ela pode disputar território, alimento e até ferir os outros peixes.
Além disso, tilápias produzem muito resíduo e exigem sistemas de filtragem potentes, o que foge do padrão dos aquários decorativos tradicionais.
E quanto ao curimatã?
O curimatã também apresenta limitações. Embora seja mais pacífico que a tilápia, é um peixe de nado constante e porte médio a grande. Ele precisa de muito espaço para nadar e se sente desconfortável em aquários pequenos ou com muitos objetos decorativos. Além disso, pode desorganizar o fundo do aquário, deslocando substrato e plantas.
Se você deseja criar um curimatã em aquário, o ideal é montá-lo de forma simples, com foco no comportamento do peixe – e não na estética ou na variedade de espécies.

Convivência é possível apenas em casos muito específicos
Mesmo com bastante filtragem e aquário grande, misturar tilápias ou curimatãs com peixes ornamentais não é o ideal. As diferenças de tamanho, comportamento e exigências de ambiente tornam essa união arriscada. Por isso, especialistas recomendam manter cada tipo de peixe em sistemas separados.
Se seu objetivo é ter um aquário decorativo, foque em espécies que compartilham características similares — como tamanho, comportamento e necessidade de espaço. Isso evita estresse, brigas e mortes desnecessárias.
